29/09/2015

Inverso do Verso

Eu escrevo
E não para quê senão ser lida?
O porquê de tantas coisas ainda me é desconhecido
Eis um bom por que deu não sabê-los:
Eu não os busco  compreender, apenas vivencio-os.
Pouso meus dedos sob o teclado, caneta, lápis e papel e os deixo correrem soltos, ora fazendo baralhos no teclado, oras chiando a caneta.
Assim é a maioria de versos, e inversos de mim saídos,
São meros acasos de tudo que em mim vive, esconde, mora, sufoca, transborda ou  mata.
Assim a cada dia um novo morrer e renascer.
Não por amores românticos de humanos,
Não por dores mundanas e amenas,
Não por carências e sofrências,
Mas por sabe-se o quê, além disso, e ainda por tudo isso.
Oras bolas, que confuso os são, versos de menina vivendo déjà vu constantes.
Versos insanos?
Esperando sempre um retorno, um aceno, esteve o tempo todo na plataforma,
Tinha medo de embarcar naquele trem, mas ouviu-se repetidamente, não tenhas medo, não temas, não se deixe aprisionar pelo medo;
E então jogou-se de um susto num vagão qualquer e decidiu viajar nesse trem impetuoso, barulhento, desgovernado por vezes,
Mas nunca mais iria ficar parada na plataforma, vendo a mesma paisagem sempre cinza, suja e solitária.

By Lilyth Luthor


Nenhum comentário:

Postar um comentário